Startup Solfácil demite 11% e busca maior eficiência em negócio de energia solar

Empresa focada em soluções para energia solar afirma que busca maior eficiência em áreas consideradas estratégicas

PUBLICIDADE

Foto do author Guilherme Guerra
Por Guilherme Guerra

A startup Solfácil, que trabalha com financiamento e venda de equipamentos para painéis solares, cortou 11% de seu quadro de funcionários na última quarta-feira, 8, confirma a companhia ao Estadão. O número é o equivalente a cerca de 70 pessoas, segundo planilha que circula com o nome dos demitidos.

PUBLICIDADE

A empresa afirma que vai oferecer um pacote de benefícios às pessoas demitidas, como forma de “minimizar o efeito dessa movimentação na vida dos colaboradores”, explica a startup em nota.

A Solfácil explica que os cortes são para focar em eficiência operacional e em áreas estratégicas da companhia. O negócio da startup, fundada em 2018, inclui financiamento de painéis solares, um marketplace especializado em produtos da área e a venda de um dispositivo inteligente para ser instalado nas casas.

Em setembro de 2022, a Solfácil levantou US$ 130 milhões, tornando-se um dos cheques mais parrudos de um ano conhecido pela escassez de aportes em startups no Brasil e no mundo.

Demissões nas startups

Ao contrário do período visto até 2021, as empresas de tecnologia vêm sofrendo pressão com a alta dos juros e o cenário inflacionário, que forçam os negócios de startups a se tornar mais eficientes e rentáveis diante de investidores avessos ao risco. Por isso, com objetivo de enxugar custos, demissões tornaram-se comuns em um mercado conhecido por contratar milhares de pessoas para manter o alto ritmo de crescimento.

Segundo levantamento do Estadão, somente no Brasil, cerca de 4 mil demissões em massa foram realizadas entre startups “unicórnios”, clube de elite do mercado que diz respeito a pequenas empresas de tecnologia de capital fechado com avaliação superior a US$ 1 bilhão. Entre as 24 startups nacionais, 19 realizaram grandes cortes com fins de enxugamento de custos.

O quadro, porém, também atinge o mercado de startups de modo geral, sem incluir os unicórnios. A healthtech Alice cortou mais de 170 pessoas até dezembro de 2022, enquanto a Buser enxugou em 30% o pessoal, cerca de 165 funcionários, e a Pier dispensou 111 pessoas. Esses números, no entanto, não compõem o levantamento do Estadão.

Publicidade

Entre as grandes empresas de tecnologia, as demissões somam mais de 85 mil pessoas. Entre as Big Techs, realizaram cortes de milhares de pessoas a Microsoft, Google, Amazon e Meta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.